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Sexta, Mar 10 2017

Temer em solenidade no Palácio do Planalto agraciou as mulheres brasileiras com sua visão machista, conservadora e utilitária.

No Dia Internacional da Mulher, Temer em solenidade no Palácio do Planalto agraciou as mulheres brasileiras com sua visão machista, conservadora e utilitária. Ao lado de sua esposa, Marcela Temer, o presidente demonstrou em seu discurso sobre o que realmente pensa do papel das mulheres no mundo e na sociedade. Soltou pérolas. Confira algumas delas:

— Na economia, também a mulher tem grande participação. Ninguém é mais capaz de indicar os desajustes de preço no supermercado do que a mulher. Ninguém é capaz de melhor detectar as flutuações econômicas do que a mulher, pelo orçamento doméstico.

— Com a recessão indo embora, volta o crescimento, volta o emprego. Hoje, graças a Deus, as mulheres tem possibilidade de empregabilidade que não tinha no ano passado. Com a queda da inflação, dos juros, significa que também, além de cuidar dos afazeres domésticos, terá um caminho cada vez mais longo para o emprego.

— Tenho convicção do quanto a mulher, pela minha criação, pela Marcela, faz pela casa, pelo lar, pelos filhos. Se a sociedade vai bem, se os filhos crescem, é porque tiveram adequada formação em suas casas e, seguramente, quem faz isso não é o homem, é a mulher.

E para ser coerente com sua gestão, as servidoras públicas ganharam chocolate no restaurante do Planalto, e houve música no almoço.

O golpe é contra as mulheres!

Sexta, Jan 27 2017

Antes do fim de janeiro, nove assassinatos de mulheres já foram registrados no Espírito Santo, mais que o dobro se comparado ao mesmo mês do ano passado. O último caso aconteceu nesta quarta-feira (25), em Vila Velha. Em 2016 foram quatro homicídios de mulheres registrados.

Segundo a gerente de proteção à mulher da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), Mirian Beccheri Cortez, pelo menos metade dos casos de 2017 foi de violência doméstica.

“Analisamos os casos e pelo menos quatro foram identificados como casos de relacionamentos que foram terminados e que o homem não aceitou. As outras mortes têm outras causas e o tráfico de drogas”, disse.

Cortez informou que o Estado pretende intensificar as ações que já realiza como as ações educativas e casas abrigos. “Além disso fortaleceremos o programa "homem que é homem", em que os agressores participam de encontros com psicólogos e assistentes sociais e a Patrulha Maria da Penha, que faz uma visita tranquilizadora às vítimas de violência doméstica”.

O último caso de feminicídio foi registrado na noite desta quarta-feira (25), Sabrina de Oliveira Mendes, de 35 anos, foi morta a facadas em casa pelo ex-companheiro, no bairro Boa Vista, em Vila Velha. Na noite anterior ao crime, a mãe da vítima registrou um boletim de ocorrência contra o suspeito Delvacy Meirelles Ferreira, de 45 anos, que passava em frente à casa de Sabrina desde as seis horas da manhã.

Quarta, Jan 04 2017

Quando começou, há cerca de dez anos, um projeto de reestruturação no quadro de funcionários, a empresa de saneamento da capital alemã, Berliner Wasserbetriebe, responsável pelo abastecimento de água dos cerca de 3,5 milhões de moradores, não imaginava que a iniciativa daria início a um processo de equiparação salarial entre homens e mulheres que se tornaria modelo.

Com a modernização e a automatização de alguns setores, a empresa, que possui cerca de 4,4 mil funcionários, precisava realocar empregados para evitar demissões. O processo teve início com um estudo que visava a otimizar essa reestruturação.

“Durante o processo, percebemos que, em algumas áreas, havia estruturas de salário historicamente enraizadas que não correspondiam mais com a atualidade. Por isso, iniciamos a campanha de equiparação salarial entre homens e mulheres”, conta o porta-voz da Berliner Wasserbetriebe, Stephan Natz.

A diferença salarial por gênero não é um problema exclusivo da Berliner Wasserbetriebe. Segundo uma pesquisa recente do Ministério para Família, Idosos, Mulheres e Jovens, as mulheres ganham 21% a menos do que homens na Alemanha. No Brasil, a diferença chega a 34%.

Segundo a cientista política Barbara Riedmüller, a diferença salarial teve início com a expansão do mercado de trabalho, quando as mulheres costumavam ser vistas como substitutas dos homens, o que, na época, justificava a discrepância no pagamento.

Com o tempo, as mulheres passaram a ser prejudicadas pelo fato de engravidarem, acrescenta Riedmüller. A esses fatores junta-se ainda a falta de um poder organizacional forte em debates laborais – por exemplo, sindicatos que tenham a equiparação salarial como causa principal.

As estruturas discriminatórias vão se enraizando em empresas, e avanços costumam ocorrer lentamente, sem que haja iniciativas que visam exclusivamente uma reforma salarial. Com a Berliner Wasserbetriebe não foi diferente: a mudança ocorreu dentro de um processo maior de realocação de funcionários.

Combate a "funções de homem"

Na Berliner Wasserbetriebe, o primeiro passo para promover uma mudança em estruturas históricas foi identificar onde a discriminação acontecia e os motivos que justificavam a diferença nos honorários. Para fazer esse levantamento, ela contou com a ajuda de uma consultora da Fundação Hans-Böckler, ligada a sindicatos.

Um dos problemas encontrados foi a diferença no pagamento de profissões consideradas femininas e masculinas. “Funções de mulheres”, como na cantina, tendiam a ser classificadas de valor menor em comparação com as ocupadas por homens, como em estações de tratamento.

Após identificar diferenças dentro salariais da mesma área, a próxima etapa do estudo foi corrigir as lacunas entre as funções consideradas “típicas de mulheres” e as “típicas de homens”. Para isso, uma série de critérios – como grau de qualificação, responsabilidade, exigência do cargo – foram levados em consideração para a equiparação salarial entre setores que exigiam requisitos semelhantes dos funcionários.

“Queríamos uma equiparação universal, comparamos as funções para igualar os salários quando as exigências eram as mesmas. A transparência foi importante para o sucesso do projeto”, ressalta Natz.

Inspiração para lei

A transparência da Berliner Wasserbetriebe serviu de inspiração para uma lei de equiparação salarial aprovada na semana passada pelos partidos que formam a coalizão do governo Angela Merkel.

A proposta, que deve ser aprovada no Parlamento no ano que vem, estabelece a funcionários de empresas, que possuem a partir de 200 empregados, o direito de solicitar informações sobre o honorário de pessoas que ocupam a mesma função.

A legislação determina ainda que empresas com 500 funcionários ou mais realizem auditorias que abordem a discriminação de gênero nas folhas de pagamento a cada cinco anos e apresentem relatórios sobre o que estão fazendo para alcançar a equiparação salarial.

O governo afirma que a lei é um passo importante para acabar com a discriminação de gênero no mercado de trabalho, além de fortalecer a posição de mulheres em negociações salariais. No entanto, a medida é vista com receio por especialistas.

“A lei é fraca, pois ela não determina a obrigatoriedade da equiparação salarial", afirma Riedmüller. "Ela só abre a oportunidade de se questionar sobre quanto recebem os colegas, mas depois cabe à mulher entrar na Justiça para exigir o mesmo salário, correndo o risco de perder o emprego”, completa a especialista em políticas sociais.

Para o Conselho Nacional Alemão de Organizações de Mulheres, a lei é o primeiro passo, mas a grande maioria das mulheres na Alemanha trabalha em empresas com menos de 200 funcionários – ou seja, a proposta não terá impacto nenhum para elas.

“Há dois aspectos que dificultam a mudança deste cenário: o preconceito cultural em relação ao poder de trabalho feminino e o fato de que equiparação salarial significa a perda privilégios. Talvez, no futuro, as mulheres não ganharão mais, mas serão os homens que passarão a ganhar menos, por exemplo, em cargos de chefia ou em áreas superestimadas”, avalia Ulrike Helwerth, porta-voz do Conselho Nacional Alemão de Organizações de Mulheres.

O esforço da Berliner Wasserbetriebe rendeu frutos no mercado, principalmente num período de relativa escassez de mão de obra na Alemanha e com grande disputa de profissionais entre empresas. Natz afirma que, na concorrência em busca por novos funcionários, estudos revelaram que esse foi um fator fundamental para muitos optarem pela empresa.

Atualmente, 31% das vagas da empresa são preenchidas por mulheres. Nos próximos anos, cerca de 100 empregadores vão se aposentar, abrindo novos postos de trabalho. A Berliner Wasserbetriebe sabe que necessita de mulheres para preencher grande parte dessas vagas e aposta que a equiparação salarial é um fator diferencial perante a concorrência.

Segunda, Dez 05 2016

Estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na sexta-feira (2), aponta que a desigualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho está ainda mais evidente entre os cargos de chefia.

Em 2015, enquanto 6,2% dos homens empregados com 25 anos ou mais de idade eram gerentes ou diretores, apenas 4,7% das mulheres dessa faixa etária ocupavam cargos mais altos.

Salários menores

A pesquisa também apontou que também há uma distância maior entre os salários, já que as mulheres nesta posição recebiam, em média, 68% do rendimento médio dos homens. Em 2015, enquanto o salário médio dos homens em cargos de liderança era de R$ 5,2 mil, o das mulheres era de R$ 3,6 mil.

Quando considerados todos os cargos, a diferença salarial é um pouco menor: as mulheres ganham, em média, o equivalente a 76% do salário masculino.

Mudanças sensíveis entre 2005 e 2015

De acordo com o IBGE a desigualdade de rendimentos entre homens e mulheres, segundo os grupos de anos de estudo, reduziu entre os anos de 2005 e 2015, assim como a distância entre os rendimentos dos menos escolarizados (até 4 anos de estudo) e aqueles com 12 anos ou mais de estudo.

No que se refere ao rendimento, segundo o sexo, em 2005, o rendimento-hora das mulheres com até 4 anos de estudo era equivalente a 86% do rendimento-hora dos homens com essa escolaridade. Em 2015, essa relação, segundo o sexo, no grupo dos menos escolarizados pulou para quase 90%. No grupo dos mais escolarizados, a desigualdade do rendimento-hora entre mulheres e homens passou de 62,5% para 68,5%.

Além da redução das disparidades de rendimento segundo o sexo, reduziu também o gap de rendimento entre os mais escolarizados em relação os menos instruídos. Em 2015, o rendimento-hora das pessoas com 12 anos ou mais de estudo era mais de quatro vezes o rendimento-hora da população ocupada com até 4 anos de estudo (R$ 35,11 e R$ 8,20, respectivamente). Contudo, em 2005, essa relação era ainda mais elevada, 5,3 vezes.

Sexta, Nov 25 2016

A campanha mundial “16 Dias de Ativismo pela Eliminação da Violência contra as Mulheres” quer mostrar aos brasileiros que pequenas atitudes praticadas no dia a dia incentivam a violência sexual e a cultura do estupro. “Precisamos desconstruir essa cultura do machismo, do sexismo e da superioridade masculina, temos ainda no inconsciente coletivo que o homem é superior”, disse a secretária especial de Políticas para as Mulheres, do Ministério da Justiça e Cidadania, Fátima Pelaes, durante lançamento da campanha, hoje (25) em Brasília.

Com o slogan “Machismo. Já Passou da Hora. #PodeParar”, a secretaria, em pareceria com a ONU Mulheres, propõe à sociedade uma reflexão sobre o enfrentamento à violência sexual, por meio da desconstrução de práticas cotidianas que reproduzem comportamentos machistas, vivenciados por homens e mulheres.

Na campanha nas redes sociais, por exemplo, serão explicados contextos de violência sexual, como os casos conhecidos como pornografia de vingança (distribuição de imagens íntimas na internet sem autorização, após o fim de um relacionamento), piadinhas e comentários, o assédio sexual no ambiente de trabalho e a violência sexual conjugal.

A representante da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman, ressaltou que a igualdade de gênero é essencial para se alcançar as metas da Agenda 2030 das Nações Unidas e promover um desenvolvimento sustentável. “Essa agenda tem no coração a igualdade de gênero e o empoderamento da mulher e como meta a eliminação de todas as formas de violência”, disse, ressaltando que é muito importante garantir recursos humanos e financeiros para implementar as políticas públicas e campanhas para que as mulheres tenham serviços adequados e acesso à justiça.

Cinco mulheres vítimas de estupro por hora

De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2015 foram registrados 45.460 casos de estupro no país. São cerca de 125 vítimas por dia, ou seja, cinco mulheres violentadas por hora.

Segundo a secretária Fátima Pelaes, a escolha do tema da campanha não foi aleatória, já que os dados do serviço Ligue 180 confirmam que é urgente uma mudança de conceitos, de modo a possibilitar a convivência igualitária de direitos entre homens e mulheres.

O Ligue 180 registrou um aumento de 147% de relatos de estupro no primeiro semestre de 2016, comparado ao mesmo período de 2015. O número representa 13 relatos por dia. “A boa notícia é que dos 67.962 relatos de violências registrados na Central, entre janeiro e junho de 2016, 32% não foram registrados pelas próprias vítimas, mas por pessoas próximas”, disse Fátima, destacando que isso mostra uma maior conscientização da sociedade sobre o fenômeno da violência de gênero.

Para o diretor do Programa Mulher Viver sem Violência, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Marcelo Pontes, é preciso trabalhar duas situações – o empoderamento da mulher e combate ao machismo. “[É necessário haver] o reconhecimento da mulher como sujeito de direito, com toda as liberdades e direitos que ela têm, e também o entendimento dos homens de que esses comportamentos machistas são, na verdade, uma construção social que deve ser desfeita. Os homens têm comportamentos machistas que são apreendidos durante a formação do caráter”, disse.

Dezesseis dias de ativismo

A campanha ocorre todos os anos, desde 1991, em cerca de 160 países e mobiliza diversos atores da sociedade civil e do Poder Público engajados nesse enfrentamento. As ações começam em 25 de novembro, Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher, e vão até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, passando pelo 6 de dezembro, Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres.

Além das peças publicitárias, prédios públicos serão iluminados com a cor laranja para simbolizar as mobilizações.

A secretária Fatima Pelaes contou ainda que serão feitas escutas sociais em todas as regiões do páis. “Nossos problemas são iguais, mas as realidades diferentes”, disse, citando, por exemplo, casos de mulheres na região amazônica que conviveram por muito tempo com a lenda do boto – que se transformava em homem e as engravidava. Mas, na verdade, era uma forma de essas mulheres esconderem que eram violentadas.

Terça, Nov 22 2016

Começou neste domingo (20) pelas redes sociais a campanha “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher”. O tema deste ano é “Machismo. Já passou da hora. #podeparar”. Segundo a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, o objetivo é chamar a atenção da sociedade e mobilizar as pessoas, mostrando que pequenas ações do cotidiano podem levar a grandes violências. Durante os 16 dias de campanha, o foco das discussões será o combate à violência sexual. Hoje, por ser

o Dia Nacional da Consciência Negra, a ação dará destaque também à questão das mulheres negras, que correspondem à maioria das vítimas de agressões.

A campanha 16 dias de ativismo ocorre há 25 anos e mobiliza cerca de 130 países. Vários municípios brasileiros já estão com as ações em andamento, mas a campanha em nível nacional será lançada oficialmente em Brasília em 25 de novembro, Dia Internacional da Não Violência contra as Mulheres. Está previsto ainda para dezembro o lançamento, pelo governo federal, de um programa de promoção da igualdade de gênero.

Feminicídio

O Brasil é o quinto país do mundo em número de assassinatos de mulheres, segundo o Mapa da Violência de 2015. Esse e outros dados de violência de gênero foram reunidos no Dossiê Feminícídio, lançado em novembro pelo Instituto Patrícia Galvão. O levantamento também faz um alerta para a importância de dar visibilidade ao cenário de violência, a fim de mudar práticas consideradas normais que podem, no entanto, resultar em mortes.

Sexta, Nov 18 2016

No próximo domingo (20) ocorre a 13ª Marcha da Consciência Negra. A atividade começa a partir das 11h, com ato no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, e reúne movimentos negro, populares, do campo e da cidade. A CUT-SP e sindicatos filiados estarão presentes na marcha que percorre as ruas da cidade de São Paulo.

A partir das 16h iniciará a marcha com caminhada pela Av. Paulista, descendo a Rua da Consolação, entrada na Rua Xavier de Toledo e término nas escadarias do Teatro Municipal. As pessoas podem confirmar presença também nas redes sociais.

Secretária de Combate ao Racismo da CUT-SP, Rosana Aparecida da Silva, lembra que a data celebra lutas e conquistas dos negros e negras ao longo da história. “A marcha representa a resistência contra o genocídio que destrói milhares de vidas da juventude negra e a retirada de direitos que ainda persistem. Sairemos às ruas para denunciar, como temos feito, o golpe e o governo ilegítimo que aplica medidas contrárias ao povo brasileiro”, enfatiza.

A marcha representa um protesto contra a morte de jovens negros, principalmente nas periferias, o massacre do Carandiru de 1992 e a recente anulação dos julgamentos que condenaram 74 policiais pelos assassinatos de 111 presidiários.

Os movimentos que organizam a marcha lançaram documento no qual exigem, entre outras bandeiras, a democratização dos meios de comunicação, a manutenção e o fortalecimento das políticas públicas de promoção da igualdade racial com a criação de órgãos de políticas de igualdade racial nos municípios onde não existem, a ampliação do feriado de 20 de novembro nas cidades brasileiras e o fim da violência policial.

Reconhecimento - O Dia da Consciência Negra é comemorado no Brasil em 20 de novembro e faz referência à morte, em 1665, de Zumbi dos Palmares, escravizado que se tornou líder do Quilombo dos Palmares ao lado de sua companheira Dandara. O dia 20 é feriado em diversas cidades do Brasil, como em São Paulo e em outros municípios, mas não existe lei no estado paulista sobre o tema.

Segunda, Nov 07 2016

A Comissão Mista de Combate à Violência Contra a Mulher promove, na quarta-feira (9), às 10h, audiência pública para debater soluções para a violência doméstica.

A reunião, que atende a requerimento da deputada Moema Gramacho (PT-BA), também deve abordar a Ronda Maria da Penha, um programa de apoio e orientação nas ocorrências das rondas policiais envolvendo mulheres vítimas de violência doméstica. O nome Ronda Maria da Penha é uma referência à lei de combate à violência contra a mulher (Lei 11.340/2006)

A audiência deve contar com a presença da secretária de Políticas para as Mulheres do Estado da Bahia, Maria Olívia Santana, e da major da Polícia Militar da Bahia Denice Santos do Rosario, comandante do Programa Ronda Maria da Penha criado em 2014 naquele estado.

A comissão é presidida pela senadora Simone Tebet (PMDB-MS), e tem a deputada Keiko Ota (PSB-SP) como vice e a deputada Luizianne Lins (PT-CE) como relatora.

A audiência será realizada de forma interativa. Críticas, sugestões e perguntas poderão ser enviadas por meio do portal e-Cidadania ou pelo telefone do Senado (0800 612211).

Segunda, Out 24 2016

Na próxima reunião do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), dia 29 de junho, Quintino Severo, secretário de Administração e Finanças da CUT e conselheiro da Central no órgão, defenderá o acréscimo de duas parcelas do seguro-desemprego para trabalhadores que foram demitidos entre janeiro e junho de 2016 e que atuam nas áreas mais afetadas pelas demissões.

O Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) está na fase final de elaboração do estudo que determinará quais categorias e estados foram mais afetados pelo desemprego e que, portanto, serão atingidos pelo benefício.

Dessa forma, trabalhadores que foram demitidos e que teriam, por exemplo, três parcelas do seguro-desemprego para receber, serão contemplados com cinco, se estiverem enquadrados na categoria e estado apontados pelo estudo do Dieese.

O Codefat é um colegiado de caráter tripartite, o conselho tem entre suas missões gerir os recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que custeia programas como o seguro-desemprego.

“Esperamos receber o apoio de empresários, do governo e, obviamente, da bancada dos trabalhadores. Essa tema é sensível e neste momento a medida que estamos apresentando é fundamental para a vida dos trabalhadores”, afirmou Quintino Severo, secretário nacional de Finanças e Administração da CUT.

A medida pode ser votada ainda no dia 29 de junho, data da reunião do Codefat e quando a proposta será apresentada. Porém, qualquer conselheiro pode pedir vistas do processo e adiar em até 30 dias a votação.

“É uma medida urgente, que precisa ser debatida e votada já no dia 29, não podemos ficar aguardando”, afirmou Quintino.

Segunda, Out 10 2016

Mais de um terço da população do Espírito Santo está fora do mercado de trabalho e não busca uma colocação, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No total, 1,2 milhão de pessoas de 14 anos ou mais (cerca de 38,5% da força de trabalho de todo o Espírito Santo) estavam fora da força de trabalho, no segundo trimestre de 2016 – quem está sem trabalho e em busca de um, é considerado desocupado ou desempregado.

Chama atenção que a maior parte do primeiro grupo, ou 66,4%, é formada por mulheres: 797,5 mil contra 403,5 mil homens, revela o IBGE. Fazem parte dessa realidade aposentados, quem se dedica somente aos estudos e pessoas que cuidam da casa e dos filhos.

Entre os que estão fora da força de trabalho, 64% têm entre 18 e 59 anos, 17,4% têm de 14 a 17 anos e 35,9% têm 60 anos ou mais. Com relação à escolaridade, 53,7% não têm instrução ou não terminaram o ensino fundamental.

Mas o desequilíbrio de gênero tem um componente cultural quando se revelam os motivos de estar fora da força de trabalho: 36,3% das mulheres fora da força não trabalham porque têm que cuidar dos afazeres domésticos, de filhos ou de outros parentes. Entre os homens, apenas 3,2% alegam este motivo. Em números absolutos, são 289 mil mulheres que deixam de trabalhar para cuidar da casa, de filhos ou de parentes contra 13 mil homens.

Por problema de saúde ou gravidez, 69,2 mil homens (17,2%) e 76,4 mil mulheres (9,6%) estão fora do mercado. Por não querer trabalhar, são 37,7 mil homens (9,4%) e 49 mil (6,2%) mulheres.

A baixa escolaridade e o cuidado com os filhos e a casa fizeram Ednéia Conceição de Souza, de 40 anos, desistir de trabalhar fora. Quando criança não estudou, o que tentou fazer já adulta, mas a distância da escola para sua casa a desanimou. Antes de casar, ela chegou a ser babá e doméstica, mas foi demitida.

Enquanto vivia com o marido, hoje falecido, cuidou da casa e dos filhos. Em um período mais difícil, precisando trabalhar, conseguiu uma colocação em casa de família, no entanto não saber ler e escrever lhe custou o emprego.

“Tem uns 10 anos que eu não trabalho. Sem saber ler ou escrever fica difícil encontrar emprego. Já perdi trabalho por causa disso, pois não conseguia receber e assinar correspondências. Hoje fico em casa cuidando dos meus dois filhos menores e do meu neto. Vivo da pensão do meu marido”, contou.

Retorno ao setor produtivo

O grupo de 1,2 milhão de pessoas no Espírito Santo que estão fora da força de trabalho é heterogêneo e engloba cerca de 231 mil estudantes e 295,4 mil aposentados. Além disso, 289,6 mil mulheres que ficam em casa para cuidar dos afazeres domésticos, dos filhos ou de parentes.

Mas, segundo a pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Ana Luiza Neves de Holanda Barbosa, a taxa de não participação no mercado de trabalho tem sofrido uma leve redução.

“A tendência das mulheres é maior que a dos homens de sair da não participação. Elas estão migrando para a força de trabalho”, explicou.

Ana Luiza disse que tanto a participação no mercado de trabalho quanto a ausência estão bastante associadas ao gênero e situação familiar da pessoa.

“O filho sobrecarrega, por questões socioculturais, mais mulheres que homens. Pelos dados do IBGE, as mulheres trabalham mais em casa que os homens. Outro motivo para a não entrada no mercado, certamente, é a educação. Mas o fato de a mulher ter filho e ficar sobrecarregada com atividade doméstica, isso é uma barreira que impede a entrada da mulher no mercado”, falou.

Para a pesquisadora da OPE Sociais, Danielle Nascimento, o grande problema desse contingente está nas 645,2 mil pessoas que não chegaram a completar o ensino fundamental.

“Em um contexto de crise, já é difícil a reinserção no mercado de trabalho. Se a pessoa não tem preparo, é ainda pior”, destacou.

Casamento e gestação precoces ou cuidar de pessoas da família são algumas razões, segundo Danielle, que levam mulheres a abandonar estudos e terminarem com baixa escolaridade.

Para o economista Marcelo Loyola, por um lado é preciso se preocupar com quem não tem escolaridade e está à margem do mercado de trabalho. Por outro lado, mulheres que optam por cuidar da família podem trazer benefícios para a sociedade.

“É uma situação que acaba contribuindo para a sociedade, principalmente na questão social, pois ela ajuda os filhos nas tarefas escolares e contribui para aumentar a qualificação dele. Filhos que têm pais acompanhando nas tarefas escolares tem melhor desempenho na escola, o que pode aumentar a produtividade do país”, falou.

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