Notícias Gerais (472)
Manter direitos trabalhistas é sustentar a democracia
Escrito por Imprensa Sindical Publicado em Notícias GeraisCom um verniz democrático, o golpe foi consolidado por meio de um impeachment sem crime. E como era de se esperar, quem financiou a farsa, agora cobra a conta.
Ministros de Michel Temer já defenderam jornada de 12 horas diárias, apoiam a terceirização sem limites, contratos de trabalho em que a negociação com o patrão, muitas vezes a parte mais forte, seja mais importante que a lei, além de mais tempo de trabalho para poder se aposentar.
Um pacote de maldades que só poderá ser jogado no lixo com mobilização e unidade da classe trabalhadora. Por isso, em 22 de setembro, a CUT e as demais centrais sindicais promoverão um Dia Nacional de Mobilização com paralisações, passeatas e marchas em todos os estados.
As manifestações serão um esquenta para a greve geral que a classe trabalhadora organiza em defesa dos direitos, conforme aponta o presidente da Central, Vagner Freitas.
“O golpe foi contra a democracia, referência de igualdade, justiça social e respeito aos direitos. Foi contra a classe trabalhadora e contra quem mais precisa de emprego decente e políticas públicas. Esse dia 22 será fundamental para acordamos quem ainda não entendeu que o golpe é contra o povo que avançou em direitos e conquistas na última década”, defende Vagner.
Em breve, o Portal da CUT trará uma série de entrevistas com lideranças das confederações sindicais que compõem essa agenda de lutas e também as atividades que os estados já programaram.
Mulheres de 173 países divulgam Moção de Repúdio ao golpe no Brasil
Escrito por Imprensa Sindical Publicado em Notícias GeraisMOÇÃO DE REPÚDIO
Nós, mulheres de movimentos feministas, sociais e sindical, de 173 países, reunidas no 13º Fórum da AWID – Associação Mundial de Organização Feminista, realizado em Sauípe – Bahia/Brasil, no período de 08 a 11 de setembro de 2016, expressamos nosso mais veemente repúdio ao golpe político engendrado pela elite brasileira, movimentos conservadores e a mídia nacional, que culminou na cassação da Sra. Dilma Rousseff, primeira mulher eleita Presidenta do Brasil por mais de 54 milhões de eleitores que optaram nas eleições presidenciais de 2014 pela continuidade de um Governo do campo democrático-popular; golpe que fere de morte a democracia brasileira, e que também é uma ação machista contra as mulheres, já que no mundo inteiro o patriarcado e o machismo têm sido decisivos para evitar os avanços e o empoderamento das mulheres.
Os agentes do golpe, através do Governo de Michel Temer, têm por objetivo implementar uma agenda conservadora e liberal, projeto impopular rechaçado pela maioria da população nas últimas 4 eleições, que tem como objetivo central a retirada e flexibilização de direitos sociais, trabalhistas e previdenciários, duramente conquistados pelos trabalhadores e trabalhadoras, interrompendo, assim, a agenda positiva de inclusão social e distribuição de renda, implementada nos últimos 14 anos, que beneficiaram as camadas mais pobres da população brasileira.
É inadmissível a usurpação do poder através de um golpe político que sequer permitiu que a população brasileira se manifestasse através dos meios democráticos previstos na Constituição Brasileira.
Em defesa da democracia! Fora Golpistas! A história não os absolverá!
Costa do Sauípe, 08 de Setembro de 2016.
Juventude do Comércio e Serviços repudia afastamento de Dilma Roussef
Escrito por Imprensa Sindical Publicado em Notícias GeraisPreocupados com a retirada de direitos que se avizinha, a juventude trabalhadora do comércio e serviços manifesta, em nota, repúdio ao afastamento da presidenta legitimamente eleita pelo voto popular, Dilma Rousseff.
O secretário de Juventude da Contracs, Pedro Mamed, ressaltou o protagonismo dos jovens que, por iniciativa própria e em conjunto, construíram a nota. "A juventude do ramo do comércio e serviços organizada pela Contracs se mostra engajada contra o golpe e unida para lutar pela preservação dos direitos trabalhistas, que estão ameçados neste governo golpista. Assim como muitos jovens em todo o Brasil, vamos às ruas para mostrar que não aceitaremos retrocessos."
Leia abaixo a nota.
NOTA DE REPÚDIO
A JUVENTUDE TRABALHADORA NO COMÉRCIO E SERVIÇOS DA CONTRACS/CUT vem a público manifestar absoluto repúdio aos injustificáveis episódios que culminaram no afastamento definitivo da Presidenta Dilma Vana Rousseff.
Estamos ao lado da democracia e nos opomos à conspiração e ao golpe político-institucional que gerou uma desintegração do Estado democrático de direito.
O Congresso Nacional brasileiro, que deveria nos representar, cassou Dilma Rousseff de forma ilegítima. O processo de impeachment da presidenta eleita por 54 milhões de votos foi iniciado por vingança do Deputado e então presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que teve seu processo de cassação iniciado no Conselho de Ética com os votos dos deputados do Partido dos Trabalhadores (PT).
Com o apoio dos setores conservadores, de parte do judiciário, da mídia e das elites retrógradas, esse impeachment se consolidou ignorando os elementos jurídicos e constitucionais por meio de um julgamento político que não encontrou nenhum desvio de conduta ou crime de responsabilidade fiscal de Dilma Rousseff.
Consolidado o impedimento, o governo ilegítimo toma posse e traz para dentro dos Ministérios velhos personagens políticos que perderam as últimas eleições nas urnas e irão impor uma agenda retrógrada e privatista que tem seus alvos certos: os jovens negros e pobres das periferias, os trabalhadores/as, os negros/as, as mulheres e a comunidade LGBT.
É nosso papel, como jovens e alvos deste governo ilegítimo, lutar contra a retirada de direitos e o projeto neoliberal. Somente mobilizados, nas ruas, nos sindicatos, nos locais de trabalho e em todos os lugares, poderemos resistir e inviabilizar esse governo não eleito pelo voto popular.
Juntos somos mais fortes e seguiremos mobilizados contra o golpe e contra redução dos direitos sociais e trabalhistas.
JUVENTUDE TRABALHADORA NO COMÉRCIO E SERVIÇOS DA CONTRACS/CUT
Fonte: Site Contracs
Temer confessa na TV que é contra a classe trabalhadora
Escrito por Imprensa Sindical Publicado em Notícias GeraisConfirmado o golpe contra a presidenta eleita Dilma, Temer fez um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV para afirmar que suas prioridades são as reformas trabalhista e previdenciária.
Preparem-se, trabalhadores e trabalhadoras. Ele e o Congresso Nacional estão decididos a retirar seus direitos, como já alertávamos desde o início deste ano.
A CUT e seus sindicatos filiados defendem desde a sua criação a ampliação de direitos, jamais a retirada. E tudo faremos para impedir que essas propostas sejam aprovadas.
No mesmo pronunciamento, Temer diz que comanda um “governo parlamentar”, anunciando assim que agirá conforme o perfil da maioria dos deputados e senadores.
E esse perfil é um desastre para os trabalhadores e trabalhadoras A maioria, , como ficou provado nos tristes espetáculos que foram as votações do impeachment, é financiada por empresários e especuladores. Na Câmara, são 246 empresários ou deputados eleitos por empresários. No Senado, 28 são empresários e 33 executivos ou profissionais liberais. Esses dados foram levantados pelo Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar).
Com esse compromisso que têm com seus financiadores de campanha, é evidente que esses parlamentares, ao discutir reformas trabalhista e previdenciária, vão votar pela retirada de direitos, redução do valor das aposentadorias de até 40% e aumento no tempo de contribuição para até 70 anos.
Os efeitos desse desprezo pelo povo, tanto de Temer quanto da maioria do Congresso, já estão aí. Dilma foi impedida de governar. Seus projetos eram barrados pela turma do Eduardo Cunha e adjacências. Entre maio e junho, depois que a Dilma foi afastada provisoriamente, o desemprego cresceu 3,8%. Os jovens até 24 anos são os mais prejudicados, representam 42% dos desempregados.
Enquanto isso, a taxa Selic continua nas alturas: 14,25% e, em sete meses, o lucro de quem especula com títulos da dívida pública e com câmbio chegou a 52%.
A indústria brasileira tem hoje 23% de sua capacidade ociosa, o que representa máquinas paradas e mais demissões. Afinal, quem investiria em produção se em apenas sete meses é possível ter um retorno de 52% na especulação? Tudo isso na curta era Temer.
Isso sem falar em projetos como a PEC 241, que pretende congelar por 20 anos os investimentos em políticas públicas e sociais, o que deixará milhões de brasileiros à mercê da miséria e do desamparo. Se essa regra estivesse valendo, em dez anos o Brasil deixaria de ter investido R$ 500 bilhões. Só a pressão popular e a mobilização dos trabalhadores e das trabalhadoras vão impedir que os direitos sejam varridos do mapa brasileiro. A CUT, a maior e mais combativa central sindical do Brasil, coloca-se na linha de frente para fazer essa luta.
Mas é preciso que todos participem. Procure seu sindicato, busque informações com seus companheiros de trabalho e prepare-se para fazer parte das mobilizações que vão culminar na Greve Geral, absolutamente necessária se os golpistas insistirem nessa aventura louca de desprezo pelo povo e pelo futuro do Brasil.
Vagner Freitas, presidente nacional da CUT
Desemprego fica em 11,6% no trimestre encerrado em julho
Escrito por Imprensa Sindical Publicado em Notícias GeraisTaxa é a maior da série histórica, que teve início em 2012, segundo o IBGE.Número de desempregados subiu 37,4% sobre o mesmo trimestre de 2015.
O desemprego ficou em 11,6% no trimestre encerrado em julho, segundo dados divulgados nesta terça-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Considerando todos os trimestres, a taxa é a maior da série histórica, que teve início em 2012.
No trimestre encerrado no mesmo período de 2015, o índice havia atingido 8,6% e no trimestre anterior, de fevereiro a abril deste ano, a taxa ficou em 11,2%.
De maio a julho, a pesquisa estima que havia 11,8 milhões de pessoas desocupadas - o maior número desde o início da série. Na comparação com o mesmo trimestre de 2015, o aumento foi de 37,4%. Já em relação ao trimestre de fevereiro a abril de 2016, o contingente cresceu 3,8%.
Por outro lado, a população ocupada estimada ficou em 90,5 milhões. Diante do mesmo período de 2015, foi registrada uma queda 1,8% e frente aos três meses anteriores, houve estabilidade.
"A população ocupada voltou ao nível do primeiro trimestre de 2013...a mesma coisa aconteceu com o rendimento, que voltou ao patamar do primeiro trimestre de 2013", disse Cimar Azeredo, coordenador de trabalho e rendimento do IBGE.
Desses trabalhadores empregados, 34,3 milhões tinham carteira assinada. Na comparação anual, o recuo é de 3,9% e na trimestral, não houve variação significativa, segundo o IBGE.
De acordo com o coordenador, o número de pessoas com carteira de trabalho voltou ao patamar do segundo trimestre de 2012. "Desde o segundo trimestre de 2012, esse é o menor contigente de pessoas trabalhando com carteira de trabalho assinada."
Com o aumento do desemprego, caiu o rendimento médio dos trabalhadores, que ficou em R$ 1.985. Em relação ao mesmo trimestre do ano passado, a renda caiu 3% e sobre o período de fevereiro a abril, registrou estabilidade.
Categorias de trabalhadores
O número de trabalhadores domésticos não mudou de um trimestre para o outro e ficou em 6,2 milhões. Já a quantidade de empregados no setor público (11,2 milhões) cresceu 1,4% em relação ao trimestre de fevereiro a abril de 2016. Sobre o mesmo período do ano anterior, o número ficou estável.
Na contramão, o número de empregadores caiu 4,6% em relação ao ano passado, para 3,8 milhões. Na comparação com o trimestre anterior, não houve variação.
Já o número de pessoas que decidiram trabalhar por conta própria, estimada em 22,6 milhões, subiu 2,4% sobre o ano passado e 1,5% frente ao trimestre de fevereiro a abril de 2016.
Entre as áreas de trabalho, diminuiu o número de pessoas ocupadas na indústria geral, 10,6%, e informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, 9,8%.
O número cresceu, no entanto, nos segmentos de transporte, armazenagem e correio, 4,8%, serviços domésticos, 3,5%, e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, 2,7%.
Inscrições para programa Inglês sem Fronteiras abrem dia 19 de setembro
Escrito por Imprensa Sindical Publicado em Notícias GeraisPublicado no Diário Oficial da União de hoje (30) o edital da Secretaria de Educação Superior com o cronograma para o processo seletivo visando a ocupação de vagas dos cursos de língua inglesa do programa Inglês sem Fronteiras. As inscrições ocorrerão das 12h do dia 19 de setembro até as 12h do dia 30 de setembro. As aulas vão começar em 17 de outubro.
O Inglês sem Fronteira surgiu com o propósito de atender demandas do programa Ciência sem Fronteiras e outros programas de intercâmbio governamentais, com o objetivo de criar condições para que os estudantes brasileiros tenham acesso a universidades estrangeiras, onde o inglês é o idioma usado parcial ou totalmente em seus cursos.
Além de representar uma oportunidade de acesso a essas universidades, o programa visa a atender a comunidades universitárias brasileiras, aumentando o número de professores e alunos estrangeiros em seus campi. Mais detalhes sobre o edital com o cronograma do Inglês sem fronteiras estão disponíveis no site do programa do Ministério da Educação.
Com medo do povo, planalto divulga nota e nega que vai tirar direitos sociais
Escrito por Imprensa Sindical Publicado em Notícias GeraisO Palácio do Planalto publicou uma nota na noite de hoje (29) rebatendo declarações da presidenta afastada Dilma Rousseff e do senador Paulo Paim (PT-RS) de que o governo interino deverá retirar direitos sociais e trabalhistas e aumentar a idade mínima para a aposentadoria, entre outras decisões, caso a presidenta seja cassada. Na nota, o governo interino nega que direitos sociais serão retirados após o desfecho do processo de impeachment.
Durante o julgamento do processo hoje (29), Paim disse que o afastamento de Dilma terá como consequência o “ataque” a direitos sociais e a “revogação” da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Já a presidenta afastada acusou o governo do presidente interino Michel Temer de adotar um “programa ultraconservador" em relação aos direitos dos trabalhadores.
“Não é verdade que se debata a estipulação de idade mínima de 70 ou 75 anos aos aposentados; não será extinto o auxílio-doença; não será regulamentado o trabalho escravo; não há privatização do pré-sal e não se cogita revogar a Consolidação das Leis do Trabalho [CLT]. Essas e outras inverdades foram atribuídas de forma irresponsável e leviana ao governo interino”, diz trecho da nota.
“Todas as propostas do governo Michel Temer são para assegurar a geração de emprego, garantir a viabilidade do sistema previdenciário e buscar o equilíbrio das contas públicas. E todas elas respeitarão os direitos e garantias constitucionais”, informou o Planalto em nota da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.
Paulo Paim
A nota é uma resposta ao discurso do senador Paulo Paim, que disse que o afastamento de Dilma terá como consequência o “ataque” a direitos sociais, trabalhistas e a “revogação” da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
“O que eles querem, afinal? O que eles querem é claro: está aí a Ponte para o Futuro, do [governo] interino [do presidente Michel Temer], atacando direitos sociais, trabalhistas, querendo revogar a CLT [Consolidação das Leis do Trabalho] com o tal de negociado sobre o legislado, terceirização da atividade-fim”, discursou Paim no tempo destinado a fazer perguntas à presidenta.
Com o afastamento definitivo de Dilma, o governo Temer, segundo Paim, também irá “regulamentar o trabalho escravo, desvincular a receita da saúde e educação, privatizar tudo, até o pré-sal. Acabaram com o Ministério da Previdência. Querem que as pessoas se aposentem só depois dos 70 ou 75 anos”, disse Paim.
Dilma
Mais cedo, a presidenta afastada acusou o governo do presidente interino Michel Temer de adotar um “programa ultraliberal” na economia e “um programa ultraconservador, que tira direitos pessoais e coletivos e adota uma pauta extremamente reacionária”.
"Quem paga o pato, ou seja, quem fornece os recursos para que o país saia da crise? Alguns acreditam que sejam apenas os trabalhadores, os mais pobres, a classe média, os profissionais liberais, os pequenos empresários. Isso não é possível”, disse Dilma.
Defesa diz que Dilma será afastada sem o povo ter entendido o motivo
Escrito por Imprensa Sindical Publicado em Notícias GeraisO advogado da defesa da presidente afastada Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo, afirmou que a petista está sendo afastada “sem que o povo que a elegeu tenha entendido minimamente o crime que tenha praticado”. Durante o quinto dia de julgamento pelo Senado, Cardozo, em uma hora e meia, insistiu na falta de provas sobre a prática de qualquer crime e afirmou que Dilma é honesta.
“Me dói, não como advogado, mas como ser humano. Não é justo falar o que falaram aqui de Dilma Rousseff. Querem condenar, condenem, mas não enxovalhem a reputação de uma mulher digna”, pediu. Segundo ele, bastava Dilma “cheirar” algo errado que ela “ia na jugular dos seus ministros”, o que lhe conferiu adjetivos como autoritária e dura. “Mulheres que são corretas são duras”, afirmou.
Reforçando as alegações usadas pela presidenta afastada e os mesmos pontos que vem apresentando ao longo do processo de impeachment, Cardozo ressaltou que as acusações contra Dilma são confusas e, no fundo, não passam de pretextos. “A maior parte da população brasileira não saberá quais foram as reais acusações. São pretextos. Pretextos irrelevantes”, afirmou. Segundo ele, os partidos favoráveis ao impeachment estão afastando a petista por ela ser “uma mulher que incomoda” e que todo o trabalho de desestabilização de seu governo começou a partir da sua reeleição.
“Talvez daqui a um tempo ninguém mais lembre das acusações dirigidas a Dilma. Porque ela ousou ganhar uma eleição afrontando interesses dos que queriam comandar o país”, afirmou. Cardozo disse ainda que o trabalho para desestabilizar o governo dela começou no minuto seguinte em que Dilma ganhou as eleições presidenciais, em 2014.
“Uma eleição legitima, em que houve uma vencedora e derrotados”, disse, citando as acusações de que houve compra de votos em troca do benefício do Bolsa Família, seguido do pedido de auditoria das urnas eletrônicas e uma denúncia para impugnar as contas da presidente afastada. “Diante da inconsistência em se deslegitimar sua reeleição começou a se procurar fatos do impeachment a todo momento. Além da dificuldade em se achar um fato, havia um problema. Naquele momento, a oposição não havia força para fazer nada."
José Eduardo Cardozo também insistiu na tese de que o responsável pelo andamento do processo de afastamento tem nome e sobrenome: Eduardo Cunha. “Cunha, contra a posição de Dilma, assume a presidência da Câmara e começa o processo de desestabilizar a presidência. Pare a Lava Jato, porque se não esse governo será desestabilizado. Dilma se recusou e encarou Cunha, como encarou seus algozes em sua juventude. E disse: 'Me enfrente!' ao deputado", relatou.
Na abertura da sua fala, o advogado da petista lembrou que esta não é a primeira vez que Dilma sentará no banco dos réus. Ele lembrou que na ditadura militar, Dilma foi julgada três vezes por lutar a favor da democracia e contra a ditadura. “Era essa a acusação formal? Não. Eram pretextos, que estavam lá nos dispositivos. Talvez ela nem se lembre, porque era irrelevante", disse, sugerindo uma analogia ao julgamento atual.
Ainda em tom de crítica às manifestações de senadores defensores do impeachment, Cardozo disse que, também na ditadura, o julgamento se baseava no “conjunto da obra”. "É pelo conjunto da obra que se punia a dedo as pessoas que se queria punir, pois se precisava matar a obra. Dilma Rousseff passou três anos presa, teve seus direitos suspensos e foi brutalmente torturada”, lembrou.
Dia 29 de agosto, CUT irá às ruas contra o golpe
Escrito por Imprensa Sindical Publicado em Notícias GeraisNa manhã de 18/8, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da Reunião da Direção Nacional da CUT, realizada na cidade de Guarulhos, no estado de São Paulo. Durante o encontro, o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, confirmou que o grande ato em defesa da democracia para dia 29 de agosto.
“O cenário que temos no Senado é diferente do cenário na Câmara. Em abril, a opinião pública apoiava o golpe. Hoje, houve um entendimento de que o golpe aprofundou a crise política e econômica no Brasil”, explicou Vagner Freitas. “Não vamos nos calar. Iremos tomar as ruas de Brasília dia 29 de agosto, exigindo que os senadores não votem pelo golpe”, finalizou o presidente da Central.
A convocatória foi reforçada pela vice-presidenta da CUT, Carmen Foro. “Aqui está quem cerrou fileiras nos últimos meses em defesa da democracia. O próximo período, companheiras e companheiros, será de guerra. Estou falando da guerra em defesa dos nossos direitos, que estão sendo atacados, e a guerra que será as eleições nos municípios.”
Mídia e a sanha do mercado internacional
Durante a reunião, Lula criticou a cobertura que um setor da imprensa faz do julgamento do processo que corre no Senado e que pode corroborar o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff (PT).
“É inadmissível que a Dilma, presidenta da República, faça agendas pelo País e a imprensa ignore completamente. Eles estão deixando a Dilma anônima. Esse bloqueio é imposto pelos donos desses meios de comunicação, que são responsáveis pelo golpe. A internet é a única possibilidade que a gente tem de furar a grande mídia”, afirmou Lula.
Para Lula, as medidas tomadas pelo governo ilegítimo de Michel Temer provocaram problemas que não enfrentávamos “há muitos anos”. “Nós voltamos a ter reajuste salarial abaixo da inflação. Nós voltamos a ver sindicatos fazendo acordos para preservar emprego.”
Alvo do mercado internacional, a camada do Pré-Sal foi tema da fala do ex-presidente. “Qualquer governante que ache que precisa vender o patrimônio público para superar a crise, não sabe governar. Agora, eles [golpistas] querem entregar o Pré-Sal. Logo o Pré-Sal, que é a maior descoberta de reserva de petróleo no século XXI. Vejam, o que os EUA fizeram assim que descobrimos o Pré-Sal? Eles colocaram em funcionamento a 4º Frota da Marinha no Atlântico. Desde então, eles estão de olho no petróleo e ficaram muito contrariados quando aprovamos a partilha.”
Por fim, Lula lembrou as conquistas da classe trabalhadora durante os governos petistas e enviou um recado à burguesia. “O País elegeu um metalúrgico e uma mulher para a presidência. Nossas medidas começaram a incomodar a parte de cima da sociedade, já que os de baixo subiram um degrau. Nosso recado para as elites é que gostamos do andar de cima e vamos lutar para continuar no andar de cima”, finalizou o ex-presidente.
Governo Temer suspende Fies, Prouni e Pronatec para Universidades
Escrito por Imprensa Sindical Publicado em Notícias GeraisO Ministério da Educação e Cultura (MEC) suspendeu no último dia 18, novos contratos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) de uma série de cursos em nove faculdades. A medida também prevê suspensão de seleção para oferta de bolsas dos programas Universidade para Todos (Prouni) e Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).
A decisão foi publicada no Diário Oficial da União e é a primeira ação do novo governo no sentido de limitar programas da gestão Dilma Rousseff (PT) na Educação. A medida cautelar foi tomada através da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior do MEC.
As instituições alvo das punições são: Escola Superior de Relações Públicas (Secretaria Executivo); Universidade Bandeirante Anhanguera (Gestão Financeira); Faculdade de Ciências Contábeis de Itapetininga (cursos de Ciências Contábeis e de Administração); Faculdade São Camilo (Administração); Faculdade Afirmativo (cursos de Direito, Secretariado Executivo e Administração); Faculdade José Lacerda Filho de Ciências Aplicadas (Ciências Contábeis); Faculdade São Marcos (Administração); Faculdade do Descobrimento (Administração); e Faculdade de Ciências Contábeis Luiz Mendes (Ciências Contábeis).