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Notícias Gerais

Notícias Gerais (472)

Quarta, Mai 18 2016

O ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB-PE), revogou nesta terça-feira (17) uma portaria editada pelo governo Dilma Rousseff que autorizava a Caixa Federal a contratar a construção de até 11.250 unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida.

A medida havia sido publicada no Diário Oficial no último dia 11, na véspera do afastamento de Dilma, como parte de uma estratégia do governo para antecipar medidas de apelo popular antes da decisão do Senado sobre o processo de impeachment.

As obras previstas seriam administradas por entidades escolhidas pelo governo e destinadas à faixa 1 do programa, que atende famílias com renda mensal de até R$ 1.800.

Logo que o tucano assumiu o ministério, na última quinta-feira (12), Bruno Araújo do PSDB, afirmou que faria uma “auditoria em todos os números da pasta” para “libertar as amarras ideológicas e a burocracia que dificultam a execução das obras”. Parte das entidades que seriam contempladas com as unidades habitacionais são contra o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. O MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) repudiou a revogação e prometeu protestar para forçar o governo a recuar.

“É lamentável, mas era previsível. Dissemos desde o começo que o processo golpista visava atacar também direitos sociais. Hoje foi só o primeiro corte, e não tenha dúvidas de que vamos responder nas ruas de todo o país”, afirmou Guilherme Boulos, coordenador do movimento, que organiza atos contra Temer para este domingo (22).

Em seu primeiro discurso como presidente interino, Temer garantiu que manteria os programas sociais “que dão certo” –como, segundo ele, o Minha Casa, Minha Vida–, mas disse que iria “aprimorar a gestão”. Segundo ele, nenhuma reforma iria alterar “os direitos adquiridos pelos cidadãos brasileiros”.

Quarta, Mai 18 2016

Além dos looks poderosos, o tapete vermelho do Festival de Cannes pode também ser palco de protesto. Foi o que o elenco do filme "Aquarius", do diretor Kleber Mendonça Filho, provou nesta terça-feira (17): durante a sessão de cliques no evento internacional, Sonia Braga, Humberto Carrão, Maeve Jikings e mais atores brasileiros protestaram contra o processo de impeachment de Dilma Rousseff, que levou ao governo provisório de Michel Temer, vice-presidente eleito.

"Um golpe de estado acontece no Brasil", "54. 501.118 milhões de votos foram queimados", "O Brasil vive um golpe de estado" e "O Brasil não pode aceitar um governo ilegítimo" foram algumas das frases contrárias ao afastamento de Dilma - que já havia movimentado famosos nas redes sociais - mostradas pelo elenco do filme, gravado em Recife. No Festival, o filme está concorrendo à Palma de Ouro e foi indicado pela revista "Variety" como um dos mais aguardados do festival.

Segunda, Mai 16 2016

A CUT não reconhece golpistas como governantes. Por isso, não irá à reunião que Michel Temer chamou para esta segunda feira com as centrais sindicais.

A CUT vai continuar defendendo os interesses da classe trabalhadora, principal vítima do golpe, exigindo a volta do Estado do Direito e do mandato da presidenta Dilma, legitimamente eleita com mais de 54 milhões de votos.

Acreditamos que a luta contra os retrocessos pretendidos e anunciados será travada pelo conjunto dos movimentos sociais nas ruas, nos locais de trabalho, na luta constante para impedir que o Brasil recue, do ponto de vista democrático, institucional e civilizatório, a décadas passadas.

O respeito a todos os mecanismos e esforços da população em busca de igualdade, valorização da diversidade e acesso a políticas públicas que combatam as injustiças sociais é um valor precioso demais. E assim queremos que seja tratado.

Vagner Freitas, presidente nacional da CUT

Terça, Abr 26 2016

O governo federal propôs aumento no salário mínimo de R$ 880 para R$ 946 a partir de janeiro de 2017, com pagamento em fevereiro do próximo ano. O percentual de correção do salário mínimo, pela proposta, será de 7,5%. Para 2018 e 2019, respectivamente, o governo estimou salário de R$ 1.002 e de R$ 1.067. O aumento faz parte da proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) divulgada pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão nesta sexta-feira (15). O anúncio foi feito pelos ministros da Fazenda, Nelson Barbosa, e do Planejamento, Orçamento e Gestão, Valdir Simão.

A regra para reajuste do salário mínimo segue o crescimento econômico de dois anos antes e INPC acumulado dos últimos12 meses. O documento será enviado ao Congresso Nacional, onde as propostas de reajuste serão avaliadas.

Indicadores econômicos

Quanto às projeções econômicas, o governo espera que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 1,0% em 2017, 2,9% em 2018 e 3,2% em 2019. A expectativa é bastante otimista em relação a outras projeções. Para o Fundo Monetário Internacional (FMI), a tendência para 2017 é de estabilidade do PIB, ou seja, crescimento zero.

A expectativa é que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerre o próximo ano em 6,0%, fique em 5,4% em 2018 e em 5,0% em 2019. O dado vem levemente descolado das projeções do mercado medidas pelo Boletim Focus, que prevê 5,95% para 2017.

A previsão para a taxa básica de juros para o final de 2017 é de 12,75%. Em 2018, a projeção é de desaceleração da taxa passando para 11,50% e 11% em 2019. Para o câmbio, a expectativa é uma taxa de R$ 4,40 em 2017, R$ 4,30 em 2018 e R$ 4,40 em 2019.

Terça, Abr 26 2016

O senador do PMDB do Distrito Federal, Hélio José, afirmou que o vice-presidente, Michel Temer, já fez pacto com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e com empresários da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), antes mesmo de a discussão sobre o impeachment chegar ao Senado. “Ele teve que assinar compromisso com bandidos do Cunha e pessoal do grande empresariado”, disse, em entrevista a blogueiros.

Hélio José fez esta denúncia ao comentar que está ainda indeciso sobre o voto contra ou a favor do afastamento da presidenta Dilma Rousseff: “Não quero correr risco de fazer e depois me arrepender (…) Não será uma posição ‘Maria vai com as outras’”.

Um dos motivos da indecisão do senador é justamente o projeto que seria implementado em um eventual governo Temer. “Se o Temer pudesse assumir um programa nosso, do PMDB, seria ótimo”. No entanto, por conta dos compromissos já firmados com o setor empresarial e aliados de Cunha, isto não seria possível, avalia José.

“Acho que vão chorar lágrimas de sangue para o PT voltar daqui a dois anos. Quando precisar tirar os benefícios – vai ser isto que vai acontecer – não tem chance de melhora (…) Quando o governo estiver arrochando todo mundo, quero ver este povo na rua defendendo Temer e Cunha”, afirmou.

Para ele, a “dor no calcanhar” de cortes no Estado de bem-estar social “vai subir no coração”. O senador avaliou ainda que a votação do dia 17 na Câmara foi desonesta: “teve gente cuspindo no prato que comeu”.

No Senado, já foi lançado o Comitê pró-Democracia para trabalhar para barrar o golpe e esclarecer a opinião pública sobre os riscos do impeachment de Dilma Rousseff.

O comitê é formado por integrantes da Frente Brasil Popular, da Comissão Justiça e Paz, da Conferação Nacional dos Bispos do Brasil, pelo Movimento Nacional de Direitos Humanos, senadores e sindicatos. No ato de lançamento, estavam presentes os senadores Paulo Paim(PT-RS), Fátima Bezerra (PT-RN), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Douglas Cintra (PTB-PE), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Lindbergh Farias (PT-RJ).

Terça, Abr 26 2016

“Tirar a Dilma do jeito que eles querem tirar é o maior ato de ilegalidade feito a partir de 1964”, afirmou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva hoje (25), ao participar do seminário “Democracia e Justiça Social", promovido em São Paulo pela Aliança Progressista, uma rede de partidos e organizações de vários países."Aqui no Brasil vai ter muita luta. Esperem que viveremos momentos de combate democrático", avisou.

O ex-presidente lembrou que na votação pela admissibilidade do processo de impeachment na Câmara, no último dia 17, apenas quatro deputados falaram sobre o crime de responsabilidade relacionado ao impeachment, o que mostra os interesses políticos que estão por trás desse processo. Para Lula, cassar Dilma Rousseff é um caminho para tentar tirar o PT da política.

“O que está em jogo em nosso país é mais do que o mandato legítimo da presidente Dilma Rousseff; é o voto soberano de 54 milhões de mulheres e homens que a escolheram livremente para governar o país. O que está em jogo é o risco de interromper um processo histórico que passou pela conquista da democracia e nos levou a avanços extraordinários do ponto de vista social e político e econômico”, afirmou Lula.

Segundo o ex-presidente, está sob risco um processo histórico que levou à eleição de governos democráticos e populares na ampla maioria dos países da América Latina. “E que resultou na melhoria das condições de vida dos trabalhadores e da população mais humilde em quase todos os países dessa região, que tem mais de 600 milhões de habitantes.” No Brasil e na América Latina, a democracia abriu caminho para a conquista da cidadania e da dignidade, destacou, “por milhões de pessoas que viviam em condições desumanas”.

“O que aconteceu em nossa região, neste início do século 21, foi uma revolução pacífica, comandada pelo voto popular, como nunca antes ocorreu”, afirmou referindo-se aos governos populares no continente. “No Brasil, que desde 2003 é liderado pelo PT e por partidos aliados, basta lembrar que nesse período tiramos o país do vergonhoso mapa da fome. Libertamos mais de 36 milhões de pessoas da extrema pobreza, criamos mais de 20 milhões de empregos formais. E praticamente dobramos o valor real do salário mínimo. Abrimos as portas da universidades para quase 4 milhões de filhos das famílias mais humildes, da juventude negra das periferias, e também dos jovens indígenas.

Reduzimos as diferenças entre os que tinham tudo e os que nada tinham. Pela via democrática, em pouco mais de uma década de governos progressistas, conseguimos tornar mais justa e equilibrada a nossa querida América Latina. Contribuímos assim para tornar o mundo menos faminto, menos miserável”, afirmou.

Enquanto os líderes progressistas estavam reunidos com Lula no hotel Maksoud Plaza, lá fora um pequeno grupo ruidoso, contra o governo, tentava intimidar os militantes do PT que também estavam no local. Os chamados “coxinhas” chegaram a encostar um carro de som em frente ao hotel, mas sua mobilização não teve maior adesão.

Lula também disse que a adoção do processo de impeachment pela Câmara acontece depois de 18 meses de sabotagem do governo por uma aliança entre a oposição e a grande imprensa, comandada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Lula destacou que Cunha reagiu por vingança quando os parlamentares do partido se recusaram a apoiá-lo no Conselho de Ética, onde tramita seu processo de cassação, por ter contas no exterior com dinheiro ilegal. “A sociedade está reagindo com rigor ao golpe. Há um sentimento de indignação mesmo de quem não votou em Dilma. Não aceitam a manipulação, o Brasil é maior do que a mentira e a manipulação”, afirmou. Lula destacou que o combate à corrupção é essencial, mas lembrou que o aparato jurídico para o ataque a esse crime foi uma iniciativa do PT, que garantiu por exemplo a autonomia do Ministério Público para promover as investigações. “Criamos um sistema de transparência que é um dos mais avançados do mundo; e os golpistas querem voltar ao poder para restabelecer a impunidade que sempre os preservou”.

Uma das organizadoras do evento, a integrante da executiva nacional do PT Mônica Valente, disse que a Aliança Democrática existe desde 2013, e que esses encontros são realizados a cada três ou quatro meses. O seminário contou com representações de organizações partidárias da África, Ásia, América Latina, Oceania e Europa. Ao todo, estão representados no evento 17 países e 20 partidos.

Segundo Mônica, nesta edição do seminário foram elaborados dois documentos, um deles específico sobre a situação brasileira e as ameaças de retrocesso em curso com o golpe. “Queremos mostrar ao mundo que existe solidariedade ao Brasil”. Mônica entende que o seminário ajuda a divulgar a crise política no exterior: “Esses partidos podem levar a seus países a nossa opinião sobre o que está acontecendo no Brasil, garantindo o direito ao exercício do contraditório.”

Sexta, Abr 15 2016

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva gravou no dia 15, em Brasília, uma mensagem ao país e aos deputados sobre a votação do pedido de abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff pela Câmara dos Deputados, no domingo (17). Em sua mensagem, ele reafirma a confiança na vitória: "Vamos derrotar o impeachment e encerrar de vez esta crise".

Lula diz que, a partir de segunda-feira (18), independentemente de cargos, estará empenhado, ao lado da presidenta Dilma, para que o Brasil tenha um novo modo de governar. "Nessa próxima etapa, vou usar minha experiência de ex-presidente para ajudar na reconstrução do diálogo e unir o país".

O ex-presidente passou a semana conversando com lideranças políticas para barrar o impeachment e alertou os deputados que o esforço para o país ser reconhecido como uma nação com instituições sólidas pode ser jogado fora no próximo domingo. Ele pede que os parlamentares não "embarquem em aventuras, acreditando no canto da sereia dos que sentam na cadeira antes da hora".

“Quem trai um compromisso selado nas urnas não vai sustentar acordos feitos nas sombras. Eu estou convencido de que o golpe do impeachment não passará. Derrubar um governo eleito democraticamente sem que haja um crime de responsabilidade não vai consertar nada. Só vai agravar a crise".

Leia a íntegra:

“Meus amigos e minhas amigas,

Quero falar com vocês, e especialmente com os nossos deputados, sobre o momento histórico que o país está vivendo. Em 1988, aprovamos uma Constituição democrática, que restabeleceu a liberdade e o Estado de Direito, depois de 21 anos de ditadura.

E, a partir de 2003, como todos sabem, o Brasil mudou muito e mudou para melhor. Juntos, superamos grandes desafios econômicos, políticos e sociais. Juntos, vencemos a fome e começamos a reduzir a desigualdade. Derrubamos o muro que dividia o Brasil entre os que tudo podiam e os que sempre ficaram à margem da história.

Vocês sabem que foi preciso muito esforço, muito sacrifício, para o Brasil conquistar respeito e credibilidade diante do mundo. Para ser reconhecido como um país sério, com instituições sólidas e confiáveis.

Todo esse esforço pode ser jogado fora por um passo errado, um passo impensado, no próximo domingo. Os deputados têm de pensar com muita serenidade sobre isso. Uma coisa é divergir do governo, criticar os erros e cobrar mais diálogo e participação.

Este é o papel do Legislativo, que deve ser e será respeitado. Outra coisa é embarcar em aventuras, acreditando no canto de sereia dos que se sentam na cadeira antes da hora. Quem trai um compromisso selado nas urnas não vai sustentar acordos feitos nas sombras.

Eu estou convencido de que o golpe do impeachment não passará. Derrubar um governo eleito democraticamente sem que haja um crime de responsabilidade não vai consertar nada. Só vai agravar a crise.

Ninguém conseguirá governar um país de 200 milhões de habitantes, uma das maiores economias do mundo, se não tiver a legitimidade do voto popular. Ninguém será respeitado como governante se não respeitar, primeiro, a Constituição e as regras do jogo democrático. Ninguém será respeitado se não prosseguir no combate implacável à corrupção. É isso que a sociedade exige.

Meus amigos, minhas amigas. não se pode brincar com a democracia. A comunidade internacional já percebeu que o processo de impeachment não passa de um golpe.

São extraordinárias as manifestações em defesa da legalidade em todos os cantos do país. Elas alertam que, fora da democracia, o que vai existir é o caos e a incerteza permanente.

O Brasil precisa de paz e de estabilidade para retomar o caminho do desenvolvimento. Derrotado o impeachment, já na segunda-feira, independente de cargos, estarei empenhado, junto com a presidenta Dilma, para que o Brasil tenha um novo modo de governar. Nessa próxima etapa, vou usar minha experiência de ex-presidente para ajudar na reconstrução do diálogo e unir o país.

O Brasil tem plenas condições de voltar a crescer, gerando empregos e distribuindo renda. Vocês se lembram: Foi graças ao diálogo que fiz um governo em que todos os setores ganharam.

É verdade que o Brasil e o mundo enfrentam hoje uma situação difícil na economia. É verdade que o governo tem falhas, que precisam ser corrigidas. Mas nós já fomos capazes de superar grandes desafios e saberemos fazer isso mais uma vez.

Todos nós sabemos qual é o caminho. É com responsabilidade, com maturidade, respeitando todas as forças políticas, os agentes econômicos e os movimentos sociais. Vamos reafirmar a credibilidade do país lá fora e resgatar, aqui dentro, a confiança que sempre tivemos no futuro do Brasil. Por isso, peço a todos que confiem na minha palavra e mantenham a defesa da democracia.

Vamos derrotar o impeachment e encerrar de vez esta crise. E juntos, novamente, vamos fazer do Brasil um país cada vez maior e mais justo, com oportunidades para todos.

Muito obrigado."

Sexta, Abr 08 2016

O Índice de Confiança de Serviços, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 0,1 ponto entre fevereiro e março e chegou a 68,9 pontos, em uma escala de zero a 200. O indicador voltou a crescer depois de uma queda de 0,7 ponto entre janeiro e fevereiro.

De acordo com a FGV, a alta de 0,1 ponto da confiança do empresário de serviços não é significativa e pode ser interpretada como uma virtual estabilidade. O índice continua próximo do menor patamar da série histórica. Das 13 principais atividades analisadas na pesquisa, cinco apresentaram alta, uma ficou estável e sete caíram.

O resultado do Índice de Confiança foi influenciado pela melhoria da avaliação dos empresários sobre o momento atual, já que o Índice da Situação Atual subiu 1,1 ponto e chegou a 69,5 pontos. Já o Índice de Expectativas, que avalia o otimismo do empresariado em relação aos próximos meses, caiu 0,9 ponto, atingindo 68,9 pontos.

Sexta, Abr 08 2016

Muitas das indústrias que têm sobrevivido ao atual ciclo de recessão, marcado por uma retração forte da demanda doméstica, são aquelas que nos últimos meses conseguem direcionar parte de sua produção para o mercado externo. Setores como o têxtil, o de calçados e o automotivo, conforme os dados de volume da balança comercial, já conseguiram reverter a tendência negativa observada no ano passado - beneficiadas pelo nível ainda elevado de capacidade ociosa nas fábricas, que tem lhes permitido expandir os embarques sem realizar grandes investimentos.

Esse cenário começou a ser desenhado junto com o movimento de desvalorização do real em 2015, que deu maior competitividade aos preços dos produtos brasileiros, mas tem se materializado neste início de ano. Em fevereiro, o índice da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex) que mede a quantidade exportada mostrou que 22 de 29 segmentos tinham resultado positivo no acumulado em 12 meses, contra nove em igual período do ano passado.

Além do nível de capacidade ociosa, o coeficiente de exportações, que mostra os ramos com maior presença no mercado internacional, sinalizam os setores com maior espaço para ampliar os embarques no curto e médio prazo - e aliviar os resultados ainda bastante negativos dos indicadores de produção.

A abertura dos números da Sondagem da Indústria da Fundação Getulio Vargas (FGV) mostra que, na média colhida entre dezembro e fevereiro, 11 dos 19 segmentos acompanhados trabalhavam com o nível de ociosidade pelo menos dois desvios padrão abaixo da média do nível de utilização da capacidade instalada (NUCI) dos últimos dez anos. Por ser uma medida de dispersão estatística, o chamado "NUCI normalizado", explica o superintendente adjunto para ciclos econômico do Ibre/FGV, Aloísio Campelo, também responsável pela Sondagem, serve de parâmetro para identificar onde há maior potencial de crescimento da produção sem a necessidade de realização de grandes investimentos.

Outros cinco segmentos, ele destaca, têm coeficiente de exportação superior a dois dígitos - com mais de 10% da produção já direcionada para o setor externo, o potencial de ampliação das exportações também é maior, diz.

Após desvalorização de 42% do real em 2015 - parcialmente revertida neste primeiro trimestre, em que o cenário político tem influenciado as oscilações cambiais -, os sinais de melhora no ambiente para a exportação começam a aparecer, ressalta o economista Rafael Cagnin, do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento da Indústria (IEDI).

Em fevereiro, depois de 17 meses de resultados negativos consecutivos, as exportações em valor cresceram em relação ao mesmo período do ano anterior, 10,38%, enquanto os embarques de manufaturados aumentaram 13,88%, a maior alta desde junho de 2013. Refletindo o cenário ainda bastante instável, entretanto, os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) divulgados na sexta-feira mostraram que parte dos ganhos foi revertida em março, quando as exportações recuaram 5,8% e as de manufaturados, 5,6%.

"O câmbio abre as portas e a recessão empurra [as empresas] para fora", comenta Cagnin. O economista ressalta, contudo, que problemas estruturais e entraves à priori circunstanciais, como inflação elevada e aumento do custo de capital, corroem parte da vantagem que o dólar ainda tem dado às empresas. "Vai ampliar exportação quem for mais competitivo", frisa.

Atualmente, os setores com melhores resultados são os de papel e celulose e o de produtos alimentícios, afirma o professor da FGV Nelson Marconi, com base nas variações do índice de quantum da Funcex acumulado na série do acumulada em 12 meses. O primeiro exportou em fevereiro 12,5% mais do que nos 12 meses até fevereiro de 2015, o melhor resultado desde julho de 2010. O ramo de alimentos, por sua vez, reverteu em novembro a tendência negativa da curva e conseguiu exportar, em volume, 6,4% mais do que no período anterior.

Os segmentos têxtil, calçadista e o de produtos de madeira, em sua avaliação, também devem conseguir ampliar as exportações neste ano. Em fevereiro, o primeiro acelerou o aumento do seu índice de quantum pelo terceiro mês consecutivo, para 9,8% no acumulado em 12 meses. O ramo de calçados, na mesma comparação, registrou alta de 2% no período, o primeiro resultado positivo depois de 13 meses seguidos de queda.

"O setor automotivo está virando rapidamente", acrescenta, fazendo referência aos resultados positivos dos segmentos de veículos - que transformou a retração de 9% em outubro em alta de 11,8% em fevereiro, e o de outros equipamentos de transporte. Na outra ponta, observa, a indústria farmacêutica, bastante dependente de insumos importados, vem aprofundando os resultados negativos. Marconi pondera que, apesar da tendência positiva sinalizada para as exportações em volume, a produção ainda tem longo caminho até a retomada. Em fevereiro, a atividade nas 25 indústrias acompanhadas pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do IBGE seguiam negativas no acumulado em 12 meses. Depois de avançar em janeiro 0,4%, na comparação com o mês imediatamente anterior, feito o ajuste sazonal, encolheu expressivos 2,5%. Na comparação com fevereiro de 2015, o tombo foi de 9,8%. "O setor externo deve apenas amenizar essas quedas".

Ainda assim, o ritmo de aceleração das exportações de manufaturados no primeiro bimestre pode ser comprometido pelo movimento recente de valorização do real, ressalta Campelo. "O problema maior é a volatilidade", completa, ponderando que a dificuldade de previsão do comportamento da moeda brasileira no médio prazo atrapalha as negociações das empresas com os clientes externos.

Sexta, Abr 08 2016

A 5ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT/RJ) confirmou a condenação da BSW Comercial Modas Ltda. (Botswana) ao pagamento de indenização por danos morais a uma ex-vendedora que foi constrangida a alisar o cabelo quando da sua contratação. O colegiado, que seguiu por unanimidade o voto do relator do acórdão, desembargador Enoque Ribeiro dos Santos, considerou a exigência da empresa ofensiva à dignidade, à autoestima e à intimidade da trabalhadora.

A obreira foi contratada para atuar como vendedora comissionada de uma das lojas da rede Botswana, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. De acordo com depoimentos de testemunhas ouvidas no processo, na ocasião da admissão, ela teria sido forçada a alisar o cabelo para se adequar ao padrão imposto pela empresa. Ainda segundo os relatos, a supervisora do estabelecimento não aceitava vendedoras com cabelos crespos, como é o caso da autora da ação, que afirmou ter-se sentido constrangida com a situação.

A própria testemunha indicada pela empregadora, embora tenha negado a coação, reconheceu que a empresa fazia sugestões quanto à aparência das empregadas, para que seguissem as tendências da moda, e que a loja não contava em seus quadros com vendedoras de cabelo crespo.

Ao analisar o recurso apresentado pela empregadora, o relator do acórdão destacou que "os fatos narrados e os depoimentos colhidos evidenciam que o alisamento feito pela obreira foi decorrente de exigência da ré para padronização da aparência pessoal de suas vendedoras, pois ocorreu no momento em que a empregada estava mais suscetível ao arbítrio de sua empregadora para manter o novo emprego. Com efeito, tal "sugestão' dirigida a uma trabalhadora recém-contratada numa loja onde só há vendedoras com cabelos lisos demonstra que foi ultrapassada a mera proposição".

O desembargador Enoque Ribeiro dos Santos ponderou ser "aceitável que uma empresa de moda apresente sugestões de como o trabalhador deve se apresentar ao serviço, como se vestir de certa maneira para seguir uma "tendência', pois a aparência, nesse caso, é diretamente ligada à atividade econômica", mas não para "determinar ou mesmo sugerir que o trabalhador altere uma característica natural de seu corpo".

Desse modo, a Turma manteve a condenação ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 2 mil, já estipulado no julgamento de 1º grau. Nas decisões proferidas pela Justiça do Trabalho, são admissíveis os recursos enumerados no art. 893 da CLT.

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