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Notícias Gerais

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Sexta, Dez 11 2015

A Oitava Turma do Tribunal Superior do Trabalho não conheceu do recurso de revista da SBF Comércio de Produtos Esportivos Ltda. (Centauro) que pedia a confirmação da justa causa aplicada a uma trabalhadora acusada de improbidade. A Turma manteve decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP) que declarou a nulidade do ato e determinou o pagamento de todas as verbas rescisórias.

Caso

A empregada trabalhou por cerca de quatro anos na Centauro, tendo como última função a de gerente. Na reclamação trabalhista, acolhida pela 42° Vara do Trabalho de São Paulo, ela contou que comprou alguns produtos na loja em que trabalhava, com autorização para efetuar o pagamento no dia seguinte, prática que, segundo ela, era comum na empresa. Ela admitiu que não pagou na data combinada, e foi suspensa por sete dias e posteriormente dispensada.

A Centauro não apresentou provas de que a trabalhadora teria furtado as mercadorias. Ao se pronunciar, sustentou apenas que ela adquiriu produtos da loja sem a devida contraprestação, caracterizando quebra de confiança entra as partes, razão pela qual foi demitida por justa causa.

O juiz de primeiro grau explicou na sentença que a justa causa é uma penalidade máxima, que deve ser aplicada somente quando há prova inequívoca da quebra de confiança pelo ato praticado, e que este tenha causado prejuízo. Para o magistrado, tais características não ficaram comprovadas. Assim, declarou a nulidade da justa causa e condenou a empresa ao pagamento das verbas rescisórias.

Recurso

A empresa tentou reformar a sentença no TRT-SP sustentando que seus colaboradores não tinham autorização para retirar produtos da loja, e que, muito embora ciente dessa proibição, a ex-gerente retirou produtos sem pagar, desrespeitando as regras da empresa. A sentença, porém, foi mantida.

A relatora do recurso da Centauro ao TST, ministra Maria Cristina Peduzzi, , considerou que diante do quadro fático apresentado pelo Regional, não seria possível afirmar categoricamente que a empregada obteve vantagem econômica em detrimento da empresa de forma dolosa e intencional. "Embora se deva reconhecer que a conduta da ex-gerente, de retirar produtos da loja sem o imediato pagamento, constitua espécie de mau procedimento, não é possível reconhecer os elementos caracterizadores do ato de improbidade", afirmou.

A decisão foi unânime.

Sexta, Dez 04 2015

Diante dos ataques inescrupulosos contra a democracia que nosso País vem sofrendo, a Central Única dos Trabalhadores, com a unidade da classe trabalhadora e dos movimentos sociais, estará nas ruas de todo o Brasil em defesa do mandato democrático-popular legitimamente eleito pela população brasileira.

Por isso, a CUT convoca toda sua militância, suas Estaduais, Ramos, entidades orgânicas e filiadas e toda a sua base sindical para avermelhar o país, de Norte a Sul, em defesa da democracia e de qualquer ameaça contra a liberdade do povo brasileiro.

Esta é a prioridade da CUT nesse momento. A Central orienta que é preciso intensificar a atuação dos comitês estaduais de mobilização sindical e social em conjunto com a Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo, bem como criar comitês onde ainda não existiem; atingir os locais de trabalho e de moradia, os espaços públicos, no campo e na cidade com a realização de reuniões de base, plenárias, ações de massa, audiências públicas e outras iniciativas de mobilização e organização popular.

A Executiva Nacional da CUT, em reunião extraordinária nesta quinta-feira (3), emitiu uma Nota Oficial sobre o pedido de impeachment contra a presidenta Dilma e reitera a importância da participação CUTista nas ações em defesa da democracia e contra o golpe, como as mobilizações confirmadas abaixo:

Brasília/DF

04/12 (sexta-feira) às 16h30 – Concentração no Plano Piloto.

Este será o primeiro ato de massa da CUT e Movimentos Sociais após o anúncio da aceitação do processo deimpeachment, pelo Presidente da Câmara, Eduardo Cunha no mesmo dia (2/12) em que foi aberta a investigação contra ele na Câmara dos Deputados.

São Paulo/SP

7/12 - Reunião com Centrais Sindicais e movimentos sociais no Sindicato dos Engenheiros (São Paulo) a partir das 11 horas.

Rio de Janeiro/RJ

8/12 - Ato em Defesa da Democracia e do Mandato Democrático-Popular, contra o Golpe - no Rio de Janeiro.

16h - Concentração em frente à Igreja da Candelária

17h - Caminhada até a Sede da Petrobrás

18h - Caminhada até a Cinelândia, onde será realizado o Ato Político.

Também estão previstos atos nas cidades:

Salvador/BA

Dia 7/12 – local a confirmar

Belém/PA

Dia 9/12 – local a confirmar

Porto Alegre/RS

Dia 11/12 – local a confirmar

Quarta, Dez 02 2015

A expectativa de vida dos brasileiros aumentou para 75 anos e dois meses (75,2), em 2014, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A estimativa é três meses e 18 dias superior à do ano anterior, que era de 74,9. Os dados fazem parte da Tábua Completa de Mortalidade, publicada na edição de hoje (1º) do Diário Oficial da União.

As mulheres vivem em média 7,2 anos a mais que os homens, com uma expectativa de 78,8 anos, contra 71,6 anos para eles.

Em 2014, no entanto, a estimativa masculina aumentou mais, com um acréscimo de três meses e 25 dias, contra três meses e 11 dias para as mulheres.

Com grande vantagem sobre a segunda colocada, Santa Catarina foi a unidade da Federação com a maior expectativa de vida, de 78,4 anos. Os homens catarinenses passaram a ter expectativa de vida de 75,1 anos, e as mulheres, 81,8 anos. O Distrito Federal, com 77,6 anos, e o Espírito Santo, com 77,5, ficaram em segundo e terceiro lugar.

Os três estados da Região Sul, os quatro estados do Sudeste e o Distrito Federal ocupam as oito primeiras posições – todos com expectativa de vida superior à média nacional (75,2 anos). Depois deles, o Rio Grande do Norte apresenta a maior taxa, que coincide com a média do Brasil.

A menor expectativa de vida ao nascer é a dos maranhenses (70 anos). O Piauí tem a segunda menor, com 70,7 anos. Alagoas, aparece em seguida, com 70,8 anos.

Segunda, Nov 30 2015

“Saúde Pública de Qualidade para Cuidar bem das Pessoas: Direito do Povo Brasileiro” é o tema da 15ª Conferência Nacional de Saúde que acontece da próxima terça-feira (1º) e vai até o dia 4 de dezembro, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. O primeiro ato da conferência será marchar até o Congresso Nacional em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS).

Os delegados e militantes da pauta da saúde, junto a outros pessoas que concordam com a defesa do SUS, vão se reunir no dia 1º, a partir das 14h, na Catedral de Brasília. De lá marcham até a praça dos Três Poderes com faixas e gritos de ordem em defesa do Sistema Único de Saúde e contra todos os programas que visam à privatização da saúde, como a introdução de Organizações Sociais (OS) na gestão de hospitais e postos. E às 16h30 fazem ato em frente ao Congresso Nacional.

A conferência tem como foco estabelecer a saúde como direito humano e constitucional, garantir que todos tenham acesso integral e sejam tratados como iguais no Sistema Único de Saúde. Outro ponto da conferência é o fortalecimento da participação social no SUS. Para chegar à conferência nacional foram realizadas etapas municipais, regionais e estaduais.

De acordo com o Geordaci Souza, representante CUTista na comissão organizadora do congresso, os temas da conferência vêm sendo discutidos há dois anos, e conseguiu ampliar a participação popular: “O apanhado que a gente faz é que foi bastante positivo, até porque essa conferência é diferente das anteriores, porque foi precedida por conferências livres”.

Defender o SUS para defender o País

A terceirização da gestão e prestação de serviços em saúde é prejudicial. Recentemente o Projeto de Lei 4330 da Câmara colocou até mesmo as atividades fins na mira da subcontratação sem limites, o que levará à precarização de serviços e trabalho. O projeto atualmente está no Senado, com o nome de PLS 30 e ainda pode causar muito estrago, inclusive na saúde e em todos os setores públicos.

Essas e outras questões delineiam uma necessidade de defesa do Sistema Único de Saúde (SUS). E tudo isso está ligado ao momento político. Por isso as conferências, em todos os níveis, utilizaram uma metodologia para que cada delegado participasse de pelo menos dois grupos: um grupo livre para debater o tema de sua escolha, e o outro com o tema “reformas democráticas e populares do estado”.

“O tema ‘Saúde Pública de Qualidade para Cuidar bem das Pessoas: Direito do Povo Brasileiro’ foi a forma que encontramos de pautar a conjuntura política na conferência”, explica Geordaci. De acordo com o CUTista, essa é uma maneira de discutir as políticas e a estrutura de saúde pública de maneira profunda para pensar outros modelos. A CUT nesse momento assume “no conselho o papel de construir vias e mecanismos para fortalecer o SUS, e fazer com que ele avance mais. Para isso, é preciso fazer reformas estruturantes”, arremata Geodacir.

Sexta, Nov 27 2015

Nesta quarta-feira (25), a Executiva Nacional da CUT se reuniu pela primeira vez desde a realização do 12º CONCUT, que definiu a nova diretoria da Central. Durante o encontro, no centro da capital paulista, dirigentes se revezaram na análise da conjuntura política internacional e nacional.

O secretário de Relações Internacionais da CUT, Antônio Lisboa, lembrou que as eleições para o Legislativo na Venezuela devem confirmar o avanço da direita naquele país, também, “devemos ter uma vitória bem apertada do Maduro”. O dirigente CUTista também criticou a eleição do conservador Maurício Macri à presidência da Argentina. “É um retrocesso, não foi bom”, afirmou alertando que não podemos permitir o avanço da onda conservadora na América Latina.

Para Janeslei Aparecida Albuquerque, secretária de Mobilização e Relações com os Movimentos Sociais, a vitória do candidato conservador na Argentina, somada ao avanço da direita no Brasil, são partes de um projeto maior. “As políticas que estão sendo aplicadas na América Latina, pertencem a um pensamento neoliberal, é o capital tentando se impor no continente.”

A preocupação com a eleição argentina continuou sendo tema na reunião. “O Macri chegou violento e colocando a pauta do seu senhor, os EUA, afirmando que fará cortes e atacando a Venezuela”, explicou Jandyra Uehara, secretaria de Políticas Sociais da CUT, que também destacou a importância da Central fazer parte da Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo, iniciativas em defesa da democracia e que visam barrar o retrocesso.

Brasil

O secretário de Comunicação da CUT, Roni Anderson Barbosa, alertou para as ações de ‘grupos fascistas’ que ainda ameaçam o País com tentativas de golpe. “Os ataques como os que Dilma vem sofrendo, poucas vezes vivemos no Brasil, talvez só na época do Getúlio Vargas. Essa conjuntura, faz com que vivamos no País um clima de ‘Fla x Flu’, estimulado pela grande mídia, como se fossem os de camisa verde e amarelo contra os de camisa vermelha”, afirmou o dirigente.

Para Maria de Fátima, secretária adjunta de Saúde do Trabalhador, é preciso fortalecer a esquerda para enfrentar a crise. “No Brasil, estamos vendo um processo de perda das referências. Por isso, precisamos continuar nas ruas, dialogar com as pessoas, com os jovens e resgatar nossas referencias”, convocou.

Economia

A subseção nacional Dieese/CUT Nacional, apresentou uma análise sobre o desempenho da economia brasileira e perspectivas. “O cenário crítico de 2015, carrega para 2016 uma dose de pessimismo. 2015 está confirmando as expectativas mais pessimistas, de baixo desempenho, acompanhado da permanência de problemas fiscais devido à queda na arrecadação”, explica a economista Adriana Marcolino. Apesar dos números, a técnica lembrou que “a crise política alimenta a crise econômica.” Roni, que é petroleiro, lembrou que a crise política tem impactado diretamente a Petrobrás, que têm empresas fornecedoras da estatal investigadas na Operação Lava-Jato. “Neste ano, os petroleiros abriram mão de uma paralisação para reinvindicação salarial para pedir a retomada da Petrobrás.

Percebemos que alguns gestores da empresa quiseram usar a greve para desgastar o governo”, explicou. “É necessário que qualquer investimento da Petrobrás no Brasil, tenha um percentual mínimo de conteúdo nacional, garantindo assim, a contratação de trabalhadores no Brasil”, afirmou Roni.

De acordo com o Dieese, a Petrobrás, por conta “da Operação Lava-Jato, a falta de liquidez e a crise do petróleo, com o valor do barril despencando para US$ 43”, recuará no mercado e cortará 37% dos investimentos previstos até 2019.

Para Julio Turra, Diretor Executivo da CUT, a crise era previsível. “Estamos chegando ao final do ano e se confirma o que a CUT já havia alertado: a aplicação do ‘plano Levy’ é um desastre. Hoje, chegamos a 20% de desemprego entre jovens de 18 a 24 anos, isso é número de crise europeia”, analisou o dirigente.

Preservar emprego

Durante o encontro, os dirigentes aprovaram a adesão da Central ao manifesto “Compromisso Nacional pelo Desenvolvimento”, que está em fase final de elaboração e será lançado no próximo dia 3, em São Paulo.

Entre os principais pontos, estão: retomar o investimento público e privado em infraestrutura produtiva, social e urbana; para combater a corrupção e preservar o emprego, o plano sugere destravar o setor de construção pesada, por meio de acordo de leniência, que garantam a penalização dos responsáveis e a segurança jurídica das empresas; adotar políticas de fortalecimento do mercado interno para a preservação do emprego e renda.

O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, explicou a adesão ao manifesto: “Estamos vivendo uma crise e quem sofre é o trabalhador, sem crescimento e com perda de emprego. Além disso, precisamos mudar a pauta imposta pela direita, de impeachment, Lava-Jato e ‘Plano Levy’. Temos que continuar nas ruas e apresentar propostas que façam com que o País continue a crescer, no rumo do desenvolvimento, sem retirada de direitos, sem penalizar o trabalhador.”

Sexta, Nov 20 2015

Criado pelo governo em julho, o Programa de Proteção ao Emprego (PPE) tem, até dia 18, 33 termos de adesão assinado por 23 empresas, incluindo filiais e matrizes. Esses acordos preservam 30.202 empregos, segundo balanço divulgado hoje pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social. De acordo com o MTPS, há outros 42 processos em análise. O projeto foi sancionado hoje pela presidenta Dilma Rousseff.

Caso todos esses pedidos sejam aprovados, o número de postos de trabalho mantidos subirá para 42.466. E os investimentos do Estado em benefícios aumentarão dos atuais R$ 91,6 milhões para R$ 121,2 milhões. Conforme projeção do ministério, se os 30 mil trabalhadores já incluídos tivessem sido dispensados, o gasto com seguro-desemprego somaria aproximadamente R$ 184,1 milhões.

Segundo o balanço, dos 75 pedidos de adesão (33 já aprovados e 42 em estudo), 27 são do setor automobilístico e 17, de outras áreas do ramo metalúrgico. O estado de São Paulo concentra 54 empresas, seguido de Minas Gerais (oito), Rio Grande do Sul (quatro), Rio de Janeiro e Paraná (três cada) e Santa Catarina (dois).

Originalmente, a medida provisória que criou o PPE previa 31 de dezembro deste ano como prazo final de adesão. Na tramitação no Congresso, essa data foi alterada para 2016. Também houve mudança no tempo máximo de participação das empresas – de 12 para 24 meses.

Pelo programa, jornada e salários podem ser reduzidos em até 30%. Metade da perda salarial é complementada com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), com limite de 65% do maior benefício do seguro-desemprego.

Na cerimônia de sanção, a presidenta Dilma afirmou que o PPE é vantajoso "para as empresas, porque podem ajustar sua produção sem abrir mão de seus trabalhadores, o ativo mais importante na retomada, sem incorrer em custos de demissão". Também beneficia os trabalhadores, "porque preservam seus empregos e preservam a maior parte de seus rendimentos, e passam a vivenciar uma menor incerteza em relação ao futuro". E é bom para o governo, "porque, diante da crise, esta é um medida de proteção ao emprego". Segundo ela, o programa terá gasto possivelmente menor do que com o seguro-desemprego "e ainda preserva a arrecadação das contribuições sociais".

Dilma também fez um aceno ao Parlamento: "O Congresso compartilhou com todos nós o sentido de urgência na análise da proposta".

Sexta, Nov 20 2015

Os sindicatos urbanos deveriam se empenhar mais no combate ao trabalho escravo, mesmo que as ocorrências não se deem em sua base de representação. A opinião é de Roni Barbosa, presidente do Instituto Observatório Social-CUT.

Roni participou na manhã desta quinta-feira de seminário que celebrou os 10 anos do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo no Brasil. Esse pacto, de livre adesão, reuniu centenas de empresas e teve monitoramento de resultados feito pelo Observatório Social. Construído de forma tripartite – representação de trabalhadores, governo e empresários -, o Pacto agora está estruturado como instituto, o InPacto, do qual o Observatório faz parte.

“A gente precisa se envolver mais, porque desde 2014 os casos de flagrante de trabalho análogo à escravidão passaram a ser mais numerosos que na área rural”, argumenta Roni, que também é secretário nacional de Comunicação da CUT. Segundo a Comissão Pastoral da Terra (CPT), 53% dos libertados no ano passado trabalhavam na cidade. 40% deles, na construção civil.

Lista suja

Em sua opinião, o Brasil possui um dos mais avançados planos de combate ao trabalho escravo do mundo, mas para sua eficácia é necessário ampliar as ferramentas de fiscalização, denúncia e prevenção. “E nisso nós podemos ajudar, inclusive monitorando as empresas signatárias do Pacto”, sugere Roni.

A legislação nacional sobre o tema inclui a chamada “lista suja”, na qual são inscritas as empresas que usam, direta ou indiretamente, trabalho escravo. A portaria que criou essa lista foi promulgada pelo então ministro do Trabalho Ricardo Berzoini, em 2003.

A lista deixou de ser divulgada oficialmente desde dezembro do ano passado, quando o STF acolheu liminar de uma associação de empreiteiras. Mesmo com a proibição, o Inpacto continua acessando e distribuindo a lista utilizando-se da Lei de Acesso à Informação.

No seminário desta quinta, foram homenageadas pessoas e instituições que têm contribuído com a luta contra o trabalho escravo. Entre elas, Dudu Bolito, por seu trabalho como presidente do Instituto Observatório Social-CUT e Ana Iara, do Dieese, instituição que elaborou a primeira plataforma de monitoramento do pacto. As famílias das quatro vítimas da Chacina de Unaí, crime praticado em 2004, também receberam homenagem, na figura do Sinait (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho).

Sexta, Nov 20 2015

A subsecretária-geral da ONU, Phumzile Mlambo-Ngucka, reuniu-se ontem (18) com a presidenta Dilma Rousseff. Elas discutiram a participação do Brasil na 60ª sessão das Nações Unidas sobre a Situação das Mulheres, que ocorrerá em março de 2016, nos Estados Unidos. O Brasil vai presidir o evento.

Segundo a representante da ONU, o objetivo do encontro entre países sobre o tema é fomentar a agenda da igualdade de gênero no mundo. “A partir dessa posição, o país estará em condições de influenciar todos os países do mundo de modo a fomentar a agenda das mulheres, particularmente a Agenda de Desenvolvimento 2030 e o componente gênero ou mulheres.”

Para Phumzile, o Brasil tem mostrado protagonismo nas políticas de combate à violência contra a mulher. Na conversa com Dilma foram discutidas propostas para a atuação do novo Banco dos Brics, que deverá iniciar suas operações em 2016. “Discutimos como podemos obter apoio em relação a garantir que o Banco dos Brics considere as mulheres em suas práticas de concessão de crédito em suas operações.” Dilma demonstrou seu apoio à iniciativa: “Tornar o mundo laranja pelo fim da violência contra as mulheres, que iluminou prédios públicos no mundo, começando pela capital brasileira.”

A iniciativa da ONU Mulheres se insere nos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres. A cor laranja evoca a solidariedade às mulheres e meninas vítimas de violência e a energia necessária para que superem as situações violentas e recebam o apoio necessário em sua trajetória libertadora.

Segunda, Nov 16 2015

As doações em dinheiro de empresas acontecem para todos os partidos políticos, conforme previsto, permitido e regulamentado pela legislação brasileira. No entanto, a mídia e setores do Ministério Público agem como se as doações legais e declaradas para o PT fossem crime. Reflexo maior dessa distorção da lei é a condenação de João Vaccari Neto a 15 anos de prisão. Vaccari é ex-tesoureiro da CUT e do PT e foi preso sem absolutamente nenhuma prova contra ele.

A novidade sobre este tema é que o Partido dos Trabalhadores divulgou nesta quarta-feira um documento detalhado sobre as doações para cada um dos partidos brasileiros.

Destaque para o fato de que, no Estado de São Paulo, o PSDB é o campeão absoluto em recebimento de verbas doadas por empresas citadas na Operação Lava Jato. 92% dessas doações foram destinadas aos tucanos. E nenhum deles está preso – não que se defenda aqui a prisão, afinal doação legal é doação legal, mas o que se questiona é o uso de dois pesos e duas medidas para cada caso.

Esta é uma das denúncias contidas no documento divulgado hoje pelo PT. De que a Lava Jato é mais uma ferramenta que vem sendo usada politicamente, ao arrepio da lei, para tentar destruir o partido e o legado de seus governos.

No entanto, quando o beneficiado é o PSDB, o silêncio é absoluto. Não há qualquer processo de criminalização dessas doações que revelam uma estranha preferência das empresas pelos tucanos no Estado de São Paulo. Em 2014, o PSDB recebeu 92% das doações das empresas citadas na Lava Jato. O PT, apenas 8%. Em 2010, a proporção foi de 65% para o PSDB e 35% para o PT.

Além de serem doadoras das campanhas do PSDB no estado de São Paulo, as empresas investigadas na Operação Lava Jato figuram também na lista de fornecedores de grandes obras do governo tucano paulista.

Para se ter ideia, conforme apontou o relatório da CPI da Petrobras, 16 empresas citadas na Lava Jato tiveram contratos com o governo do Estado de São Paulo entre 1987 e 2014. Apenas para exemplificar, basta citar o Consórcio Via Amarela, acusado de superfaturar preços em contratos com o Metrô de São Paulo, do qual participavam, entre outros, os grupos Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão.

Quando não são fornecedoras diretas, são terceirizadas pelas empresas contratadas, como noticiou o Estado de S.Paulo com o título “Empresa de delator da ‘Operação Lava Jato’ foi subcontratada em esquema de cartel dos trens”, sem citar que o “esquema de cartel dos trens” foi montado para, segundo o Ministério Público da Suíça, superfaturar obras, compra e manutenção da CPTM e do Metrô no estado de São Paulo, governado pelo PSDB há 20 anos.

Segunda, Nov 16 2015

Aos gritos de “não vai ter golpe” e "fora Cunha", uma marcha com mais de 10 mil pessoas ocupou a capital federal para repudiar a onda de ataques ao direitos trabalhistas e humanos, personificada na figura do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), defender a Petrobrás e a democracia.

A mobilização começou diante da Biblioteca Nacional, onde a Frente Brasil Popular, composta por movimentos como a CUT, MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e UBEs (União Brasileira de Estudantes Secundaristas) partiu rumo ao Congresso Nacional, ao Palácio do Planalto e ao Ministério da Educação, onde a atividade terminou.

O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, comentou as motivações do ato. “Essa manifestação é pela democracia, que está correndo risco. Uma série de ações golpistas, que vem daqueles que não aceitam o resultado da eleição da presidenta da República e que construíram uma crise política, que gera uma crise econômica, porque o País está parando, e os prejudicados são os trabalhadores”, afirmou o dirigente, que criticou o ministro da Fazenda. “O ajuste fiscal travou o mundo e não queremos que trave o Brasil. Achamos, também, que o Sr. [Joaquim] Levy já deu o que tinha que dar, devia pegar o boné, ir pra casa e parar de atrapalhar o Brasil”, finalizou.

Secretária de Mobilização e Relação com Movimentos Sociais da CUT, Janeslei Albuquerque, ressaltou que quando os movimentos vão às ruas é para blindar a democracia pela qual essas mesmas organizações lutaram.

“Quem está na rua hoje é o povo que lutou pelos direitos trabalhistas, direito a ter carteira assinada, descanso semanal remunerado e de ter reconhecimento da riqueza que o trabalho produz. Por isso estamos aqui, pelo direito de ocupar as ruas e sem lei antiterrorista.

Representante do Levante Popular da Juventude, Thiago Ferreira apontou a simbologia de impedir que políticos como Cunha sigam impunes no país. “A luta contra Cunha é a luta pela garantia de direitos e pelas liberdades individuais. E também para passar a política a limpo, já que ele representa o que há de pior, com uma série de denúncias graves, como propinas, contas com milhões no exterior e compra de deputados.”

Pela Marcha Mundial de Mulheres, Wilma Rodrigues lembrou do PL (Projeto de Lei) 5069, que atrela a realização do aborto à comprovação da violência, via exame de corpo de delito, e cuja aprovação tem sido metas de Eduardo Cunha. “Hoje vivemos retrocesso, não só na Câmara, mas também no Executivo, com o fim da SPM (Secretaria de Políticas para as Mulheres), o fim da Seppir (Secretaria de Políticas de Promoção de Igualdade Racial) e uma política econômica que atinge principalmente as mulheres, ainda principais responsáveis pelos cuidados com o lar”, protestou a militante.

Grevistas - Diante de um cenário de criminalização dos movimentos sindical e sociais, o diretor da FUP (Federação Única dos Petroleiros), João Moraes, apontou que a manifestação é também uma defesa da resistência de trabalhadores em greve.

“Os movimentos presentes aqui neste ato estão também solidários à greve. Fizemos um ato nesta manhã no Ministério de Minas e Energia, que é responsável pela Petrobrás. Uma greve que quer debater a revisão do Plano de Negócios da Petrobrás, que cortou R$ 500 bilhões até 2020 e prevê a venda de ativos, empresas, navios na ordem de R$ 200 bilhões. Isso significa afundar o Brasil numa crise, porque hoje o petróleo representa 13% do PIB”, explicou o petroleiro.

Secretária de Políticas Sociais, Jandyra Massue Uehara Alves, falou sobre como a greve dos petroleiros vai além da própria categoria. “A paralisação dos petroleiros é importantíssima, porque é pelos direitos da categorias, mas não só. É também pelos direitos dos campesinos, da cidade, estudantes, mulheres porque é nessa imensa riqueza que temos (referindo-se ao petróleo) que está o futuro do país. Um futuro com educação, saúde e reforma agrária."

Membro da coordenação nacional da CMP (Central dos Movimentos Populares), Eduardo Cardoso, ressaltou que os ataques à Petrobrás tem por trás um incomôdo de setores conservadores com a soberania nacional. “A empresa pode trazer muitos recursos para educação, moradia e saúde, garantindo direitos sociais que os brasileiros precisam.”

Solidariedade e educação - Para o presidente da Unegro (União de Negros pela Igualdade), Edson França, as ações de Cunha levam o Brasil de volta à Idade Média. Segundo ele, na próximas semana, em que atos por todo o país celebrarão a semana da consciência negra, a defesa da democracia também estará em pauta. “Vamos com o mesmo chamado, pela democracia e contra o racismo. É fundamental que a pauta do movimento social esteja ainda na agenda do movimento negro.”

Dirigente do MST, Antônio Pereira, o Toninho, lembrou que a manifestação também levou a solidariedade às famílias de Mariana, em Minas Gerais, e para fazer a reforma agrária avançar. “Sabemos que o governo está lento nesse processo e vamos cobrar que cumpra a promessa de assentar 120 mil famílias. Mas sabemos que a responsabilidade não é só dele, é também do Congresso. Nossas conquistas foram sempre na luta e não será diferente agora”, pontuou.

Presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), Carina Vitral, apontou ainda que a juventude que ocupa escolas e defende a educação não vai às manifestações golpistas. “Queremos dizer que a juventude não vai nas passeatas da direita, porque não se sente representada. Sabe que essa direita quer tomar o poder para garantir os interesses de privilegiados”, falou, ao som de gritos dos manifestantes que pediam o fim da polícia militar.

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